sábado, 18 de outubro de 2008

Elegância discreta das suas meninas - e meninos também

Andando pelas ruas de Paris, fica mais fácil entender a tão falada elegância e sofisticação francesa. Uma observação interessante partiu do Saulo, meu marido: durante a semana, se você andar pelos bairros menos turísticos, não cruza com ninguém de tênis. Nem homem e nem mulher. E olha que é uma cidade onde as pessoas podem depender de transporte público e todo mundo anda muito. Calça jeans e moletom, nem pensar. O ambiente te inspira a se vestir melhor, já que o melhor é se misturar à multidão. Nem que ao final do dia, depois de subir e descer degraus dos metrôs com saltos altos, precisasse me livrava deles ainda no corredor do hotel. Embora estejamos no outono, a temperatura estava agradável e isso colabora. Fica mais fácil manter a pose quando não é necessário sair na rua envolto a um monte de casacos. Mas aí, a gente volta para Miami e manda embora qualquer resquício de dignidade ao calçar as havaianas e se mandar ao supermercado. C'estla vie, ao menos por enquanto.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Paris, Paris, je t'aime




Algumas fotos do Pershing Hall. Da esquerda para a direita: o jardim vertical, com mais 300 espécies de plantas, uma foto do ambiente central durante o dia e outra, durante a noite

Eis que estou aqui para dizer que os dias em Paris também foram de imenso prazer. Encontrei gente querida - Dave, Patrick, Lucia, Cédric e finalmente conheci o Vincent (amigo de longa data do Saulo), andamos muito (as bolhas nos pés são só para me deixar saudades), descobri uma noa paixã0 - o sabor caramel au berre salé, e cheguei à conclusão de que realmente ninguém entende de cozinha como os franceses. Em qualquer lugar que você entre, você come bem. E se está disposto a fazer a lição de casa então, pesquisando os restaurantes legais, os chefs que estão em alta e tal, aí é covardia. Foi isso que nós fizemos. Alain Ducasse que me perdoe, mas Yves Candeborge foi nosso campeão. Vai ser difícil encontrar um prato que me tire da memória a salada de polvo cozida ao ponto que comi lá. Outro clássico que perdeu o pódio (ao menos na minha modesta competição particular) foi o Costes. Sim, continua lindo, badalado, cheio de gente descolada. Mas nesse quesito, devo dizer que o Pershing Hall levou a melhor, não só pela atmosfera, como pela decoração, assinada por Andrée Putman. Chega a intimidar um pouco, pois eu era, de longe, a pessoa mais baixa. E pode acrescentar uns 7 cm de salto aos meus 1.65m. Todo mundo tem cara de quem saiu de um editorial de revistas, incluindo os garçons. Mas não chega a ser hostil, pois o serviço é ultra eficiente, com a hostes/modelete/sem afetação mais simpática que cruzamos na cidade. A cozinha também não decepciona, embora o preço seja um pouco acima dos demais restaurantes que fomos. Mas o crime compensa.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Olha nós aqui!


A França está me tratando bem. Na verdade, o que me faz bem é a boa comida, a boa companhia e o ambiente acolhedor da casa da Marcia, minha irmã. Muitas horas de sono, muitas taças de vinho, muita leitura pouco profunda e muito prazerosa, muita conversa jogada fora... tudo isso tem preenchido os dias por aqui. Hoje saímos para dar uma volta na cidade mais próxima, algumas lojinhas de rua, uma olhadela no que se usa por aqui. Bastante xadrez, cinza, coisa simples, bonitinha, despretenciosa, que se não fosse por um único porém (terem seus preços em euros) fariam a minha festa. Além disso, vivo em uma cidade de praia, que não permite grandes arroubos invernais. Quinta-feira parto para Paris. Au revoir!

sábado, 4 de outubro de 2008

Outono parisiense


Nesse momento, espero por uma conexão no aeroporto em Paris. Ai, como estava sentindo falta de ver gente vestida. Não digo isso no sentido figurado. É no mis literal mesmo. Gente de calça, jaqueta e botas. E olha que ainda estamos no outono. Confesso que a vida em Miami está me fazendo uma rata de praia, com direito a andar com cadeiras de plástico no porta-malas. Mas ainda assim, devo dizer que entre um e outro, ainda fico com a elegância e discrição do inverno. Depois conto mais.