Ele sempre soube das coisas

Michael Jackson se foi, mas deixou em nós a saudade do jovem garoto negro (sim, porque é daquele que a gente tem saudades) que cantava com afinação precisa e dançava com a leveza dos deuses. Revendo vídeos da avalanche de homenagens me deparei com o Thriller e me dei conta que além de super astro da música pop, certamente o maior da minha geração, ele sempre incorporou tendências e ditou modas como poucos. Olhem só essa jaqueta vermelha e me digam se deixa algo a dever para as ombreiras do Balmain.

Batom vermelho

Em 90% das minhas produções, não uso batom. Nem gloss. Prefiro um hidratante labial da L Occitane ou da Burt's a Bee, que não chegam a ter cor, mas não deixam a boca ainda mais branca, como a boa e velha manteiga de cacau. O lance é que de uns tempos paa cá, estou achando cada dia mais bonito uma boca bem pintada com um batom vermelho. Meus tons preferidos são os mais opacos e mais escuros, por conseguirem ficar um pouco mais discretos. Admiro profundamente a ousadia de quem não se prende a regras como "vermelho não combina com mnha pele" ou "loira de batom vermelho fica vulgar". Cate Blanchett nos mostra na foto acima que basta um pouco de ousadia e muita elegância para mandar aos ares qualquer preconceito.

Phoenix

Ela ficou conhecida como a namorada super hot de Jude Law com quem ele contracenou em Alfie, mas não tardou para Sienna Muller cair nas graças dos editores de moda do mundo todo. Linda e cheia de estilo, ela é muito mais conhecida pelo que veste e onde aparece do que por seu trabalho propriamente dito (talvez, se eu fosse linda desse jeito, também nem me desse ao trabalho). Depois das fotos/escândalo na Sardenha, em que aparece em cenas calientes ao lado de Balthazar Getty, casado e pai de quatro filhos, ela sumiu. Mas eis que esse mês a bela ressurge na capa de Vogue norte-americana, renascida das cinzas e mais linda que nunca. Nada como um dia após o outro.

Vestidos Balmain

Estou encantada com a coleção primavera/verão do Balmain. Um dos vestidos, especialmente, me deixou com vontade tirar o bebê da minha barriga agora e enforcar a cintura com essas tachinhas. É o terceiro deles. Adorei a saia, a delicadeza do tecido, cinto, o recorte do busto. Ai, ai, ai...

Espelho, espelho meu

Eu sinceramente tenho preconceito contra esse marido da Giz Bundchen, mas a cada aparição pública do casal, me surpreendo com a beleza do conjunto da obra. Loiros, lindos, altura na medida que permite um saltão, ricos, felizes, apaixonados. Que tal?

Baile do MET

Eis que ontem aconteceu o baile de gala do MET e, antes de comentar os looks, resolvi amadurecer um pouco minhas idéias. Admiro a ousadia nas criações, mas meus looks preferidos são sempre os mais conservadores. Nesse baile, que reúne a turma da moda, é a chance que todo mundo tem de arriscar. Alguns foram bem sucedidos nessa tarefa, mas confesso que boa parte entrou pelo cano. Aqui, quem fez bonito.

Bar Rafaeli: falem o que quiser, mas não dá para dizer que Leo Di Caprio foi nfeliz em sua troca. Com um look sou-linda-assim-acordo-desse-jeito, a modelo surgiu com um Jil Sander que deixou o MET de queixo caído.

Gisele Bundchen: embora ela não estivesse exatamente vestida, é a teoria que sempre digo, que saia curta com perna fina não fica vulgar. E adorei o azulão Versace, o trabalho do tecido e o make dramático.

Ashley Olsen: enquanto a irmã mal trapida estava em um Lacroix cheio de trapos, Ashley surgiu sexy em um vestido de sua própria marca, The Row, com caimento perfeito, que me fez lembrar a Sienna Muller em seus tempos super cool.

Rachel Weisz: com uma produção Vera Wang digna de Oscar e batonzão vinho, ela mostrou o poder das britânicas quando o assunto é elegância.


Blake Lively: A cor não me agrada e o Versace esbarra na vugaridade, mas não se pode dizer que a atriz não estava linda, com esse rosto, esse make e um rabo de cavalo.

Renee Zellweger: ok, essa cor fez ela parecer ter saído de um pântano, mas gostei da delicadeza do trabalho do tecido e achei o Carolina Herrera bem bonito.

Jessica Biel: até que enfim ela surgiu em uma produção que valorize sua beleza. Esse Versace está longe de ser meu ideal de vestido, mas está anos luz a frente dos looks de gala que ela tem adotado nas últimas festas.

Baile do MET - parte 2

E agora, os looks duvidosos.

Helena Christensen: vestida de Dancing with the Stars, seu look parecia uma brincadeira de Zac Posen. Nem ela conseguiu salvar.

Anne Hathaway: se o tema do baile fosse super heróis, como foi há umas duas edições, ficaria mais fácil entender esse cabelo. Como não era o caso, ela só ficou parecendo filha da Carmen Mayrink Veiga.

Kate Moss: turbante??? E esse tecido com cara de barato? E o Marc Jacobs ainda teve coragem de entrar ao lado de sua criação.

Victoria Beckham: cada dia mais laranja, outra brincadeira de mau gosto de Marc Jacobs.

Rihanna: muita gente do gostou do smoking Dolce Gabbana, mas eu, que sou da teoria que festa é onde a gente se arruma para ir bonito, não fui convencida.

Heidi Klum: tecido demais. Gravidez nunca foi problema para ela surgir linda nos bailes de gala, mas dessa vez, errou a mão. O vestido império J. Mendel era confuso demais para quem já conta com uma barriga de uns cinco meses.

Jessica Alba: gosto da meia escura, mas definitivamente não gostei da combinação com esse vestido de pedrarias e azul turquesa Jason Wu.

Kate Beckinsale: o Marchesa cinza não era mal, mas ela, que é tão linda, poderia ter caprichado no cabelo, já que usava um super vestido de gala.

Madonna: estou tentando descobrir o que ela pode ter feito para o amigo Marc Jacobs vingar-se desse jeito.

Realeza

Até que enfim dona Carla Bruni encontrou uma companheira a altura para posar nas fotos oficiais. Eis que surgiu a Princesa Leticia, da Espanha, e não deixou nada a dever à primeira dama da França.

Sem medo de ser feliz

A estrela da vez, para mim, é Drew Barrymore. Linda, divertida, bem vestida, estilosa e namorada do super charmoso Justin Long (o barman conselheiro do filme "Ele simpelsmente não está a fim de você"), na grande maioria das vezes, ela ousa com sucesso em suas produções. Depois de surgir assim, de vestido preto Giambattista Valli e batonzão vermelho, ela adotou um look pós-praia, cabelo de super star e make com jóias azuis no lançamento de seu nome filme em Los Angeles. Sucesso absoluto!

A volta da plataforma

Não vamos discutir conforto. Definitivamente, flutuar sobre um salto 10 não é para qualquer uma. E se for para andar capenga, esqueça e deixe o salto em casa. Mas se tem uma coisa que não engulo é salto plataforma. Claro, vou admitir que tenho um deles e funciona muito bem quando quero ficar mais alta sem sacrificar meus pés, mas se formos discutir elegância, tenho a sensação que a plataforma tem a sutileza de uma pata de elefante. Deixa o look pesado e, muitas vezes, por exagerar na altura do altura (afinal, a gente aguenta), me vez de nos deixar longilínea, nos deixa matrona. Fora que a gente até aguenta ficar o dia inteiro sobre um saltão desses, mas a circulação do corpo não trabalha para isso. Reparem que visual grosseiro dessa sandália da Chloé da foto acima. Conselho de amiga com olhos bastante críticos: em vez de se meter em um salto 10 cm de plataforma, prefira um 6 cm mais delicado. Alguns esforços em nome da elegância. La noblesse oblige.

Ombreiras

Quem diria que o ombrinho pontudo da Balmain ia realmente fazer cabeça das celebrities mundo afora. Quando mostramos aqui o vestido da Jennifer Connelly, no lançamento de seu último filme, até ficamos em dúvida se realmente era Balmain ou Balenciaga, que já apostou no look soldado em outras coleções. Pois bem, não só era Balmain como ela foi precursora dessa onda, que já pegou também Gwyneth Paltrow, Keira Knightley e Victoria Beckham.

A cidade mais cool dos Estados Unidos

Pois bem, fomos a San Francisco. O roteiro já prometia: cinco dias, hotel bem localizado, restaurantes legais e amigos por encontrar. Mas San Francisco foi mais que isso. Primeiro, porque é uma super cidade, com tudo de mais moderno que se pode esperar, e tem casinhas vitorianas, grandes ladeiras e um bondinho, que circunda tudo isso. Ambos os lados a distâncias caminháveis entre um e outro. Quem sai de Miami, onde se tem de grandes outlets a shoppings super sofisticados, pensa que já viu de tudo. Quando se chega a San Francisco, você descobre que existe Marc by Marc Jacobs, que Paul Smith tem uma coleção inteirinha para mulheres e que Paul Frank, um estilista bem cool de óculos de sol, tem uma linha de roupas de crianças super descolada. Os tais restaurantes legais de fato são legais, mas exige um certo esforço para chegar lá. Ok, você sempre tem a opção de sentar no bar e esperar por 40 minutos, mas mesmo em uma terça-feira, horário de almoço, é recomendado fazer reserva para descolar uma mesa no Slanted Door. Nos estrelados então, você corre o risco de ouvir uma risada do outro lado da linha, caso ligue tentando uma mesa para o mesmo dia. Em um deles, nos foi oferecida um banquinho no bar, desde que enfrentássemos a fila de 50 minutos. A gente não quer estar onde todos estão? É o preço que se paga. Meu termômetro para medir o quanto eu gosto de uma cidade é pensar se eu moraria lá. Não sei se foi esse o caso de San Francisco, mas voltei certa de que é a cidade mais cool da América.

Os Três Patetas

Adoro gente que não se leva a sério demais e esses três acima são um bom exemplo disso. Tudo indica que uma nova versão dos Três Patetas será produzido, com um cast daqueles: Sean Penn será Larry, Jim Carrey está terminando negociações para ser Curly e deve ter de engordar mais de vinte quilos para o papel e Benício Del Toro será Moe. O filme deve ser lançado em 2010. Essa não perco por nada!

Eu voltei

Fui pro Brasil, voltei, me preparo para voar pra San Francisco, e o blog continua esquecido. A verdade é que a falta de assunto me pegou. Nos dias de Brasil, corri, corri, corri, não naveguei pela Web, não li nada novo, não fui ao cinema e nem conheci nenhum lugar bacana. Meus prazeres perseguidos foram o colo de gente querida. Mas como tudo que é bom dura pouco (se dura muito, deixa de ser bom), cá estou de volta e prometo ser mais assídua.

Separados por nascimento

Estou aqui em estado de choque ao constatar a semelhança entre Jeffrey Dean Morgan (que já apareceu em 'Grey´s anatomy', 'Supernatural' e em 'Weeds') e Javier Bardem. Tire suas próprias conclusões.

Detalhes

Sou contra cabelos soltos em cerimônias como esta, mas o estilo "fresh" cai muito bem para Jennifer Aniston. Sei lá, não a imagino como alguém chique, sofisticada e chia de estilo. Mas também acho que ela não está muito interessada em parecer assim. Se estivesse, teria caprichado um pouco mais no vestido, pois o Valentino quase branco que ela usou estava mais para madrinha de casamento. Por outro lado, Angelina Jolie quis chocar com as esmeraldas, a pose, o vestido negro, as fendas, os sorrisos na primeira fila. Só conseguiu parecer alguém querendo impressionar. O cabelo vintage da Sarah Jessica Parker me agradou bastante. Ela ficou com cara de estrela de cinema antiga. Gostei muito. Heidi Klum mostrou mais uma vez que além de linda, é bem humorada. Só não se levando a sério para aparecer no Oscar com esse vestido em homenagem à nova latinha da Diet Coke que ela está fazendo a campanha nos Estados Unidos. E o casal mais cool e elegante da noite, para mim, foi Robin Wright e Sean Penn. Olha só a pose de diva dela nessa foto. Desde o Forrest Gump, a acho linda e muito chique. E ele... o que posso dizer de uma das grandes razões para eu gostar de cinema?

Quem poderia ter feito melhor

Kate Winslet ganhou um Oscar, mais que merecido, mas o YSL cinza azulado não me convenceu. Achei que ela ficou meio matrona. O cabelo, cheio de glamour mas que acrescentou alguns anos ao rosto dela, também colaborou para essa impressão. Muito se falou sobre o vintage Balmain da Penelope Cruz, que tem 60 anos e tal, mas devo dizer que não me convenceu. Vestido vintage é legal quando tem trocentos anos, mas é atemporal, ou seja, em qualquer década ai parecer modero e atual. Não foi o caso desse: achei rendado demais, com tecido demais e o busto meio feio. Mas não posso dizer que não caiu bem nela. Seria injusto. Natalie Portaman, que tanto promete, apareceu vestida de madrinha de casamento. Gostei da cor do vestido, mas achei o modelo meio cafona. Além disso, embora o rosto dela não permita erros e o make estivesse lindo, tive a impressão de que a cabeça dela está grande para o corpo. Esse vestido Carolina Herrera da Amy Adams teve um quê de roupa do homem aranha (reparem no busto), embora as cores (o vermelho mais as jóias) tenha caído muito bem no tom de pele dela. Reese Whitespoon também errou a mão na mistura de azul com preto. Jessica Biel está tentando ficar feia. Não é possíve que alguém apaeca com dois vestidos tão medonhos em uma só noite. Primeiro foi um Prada amplo no busto que parecia meio grande no corpo dela, com o comprimento fora de ordem. Depois, veio um Oscar de La Renta roxo, com um cinto dourado. Nem dautonismo justifica. Já Beyonce é caso de polícia mesmo. Alguém me explica esse dourado-preto-justo-sereia?

And the Oscar goes to...

Precisei de dois dias para pensar no que achei de algumas figuras na noite de festa no Kodak Theatre e confesso que continuo sem saber quem acertou e quem errou. O primeiro post é sobre quem eu achei elegante. Embora tenha lido muita gente falando mal, adorei o vestido Galliano azul da Freida Pinto. Mas também, com um rosto daquele e com o carisma dela, fica difícil fazer feio no tapete vermelho. Achei estranho, mas gostei do vestido Versace da Marisa Tomei. O vestido de saia ampla da Marion Cotillard estava lindo, embora o cabelo e o make tenham feito todo mundo se perguntar o que aconteceu com a francesa sexy de vestido sereia da edição passada. Por falar em grandes saias, gostei do modelo verde claro Dior da Sarah Jessica Parker, assim como o modelo sereia Armani Privé da Anne Hathaway. As grandes lantejoulas da cauda ficavam lindas, principalmente em movimento. Mas se teve um modelo que me impressionou pea elegância foi o Elie Saab de Evan Rachel Wood. Gosto muito do vestido sem constraste nenhum com a cor da pele.