quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Madonna in concert


Poucos são os shows que me comovem. Para ser sincera, pouquíssimos. Gostos de pequenos palcos, som preciso, platéria aconchegante, mas quando se fala em grandes espetáculos, fico com os dois pés atrás. Penso, logo imagino ter que se estapear para descolar os ingressos (não sem antes de desembolsar uma grana), pegar trânsito para chegar, me enfiar no estádio horas antes, sentar beeeeeem de longe e acompanhar o show pelo telão. A essa altura, me pergunto porque não assistir o DVD em casa. Os mais puristas podem dizer que nada como sentir a energia da platéia, mas sorry, isso não é argumento suficiente para mim.

Mas eis que a vida prega peças e a gente se surpreende. Semana passada, véspera de feriado, teria show da Madonna aqui em Miami. O mundo queria ir ao show. Tivemos amigos que vieram de outros países, compraram o ingresso meses antes e tudo mais. Um dia antes do show, a presença de hospédes de São Paulo e a facilidade de descolar tickets ainda disponíveis pela Internet por meros US$ 50 nos entusiasmaram. Lá fomos nós quatro ver se a Material Girl está mesmo com essa bola toda. De cara, percebemos que show nos Estados Unidos é outra coisa. Marcado para às sete e meia, sete e meia adentramos o estádio, estacionamos bem em frente por 30 doletas, quase o preço do ingresso, mas antes isso que pagar para flanelinha. Entramos e encontramos lanchonetes vazias, banheiros limpos e nem uma só fila, para nada. Até aí, perfect. Contávamos com uma hora de atraso e nesse ponto fomos muito otimistas. Duas horas e meia depois do horário marcado, eis que as luzes se apagam e ela entra: cenário lindo, coreografias muitíssimo bem ensaiadas, performance acima de qualquer suspeita. Todos os grandes clássicos estavam lá: La isla bonita, Material Girl, Boderline e, para mim a melhor, Like a Prayer. Saí agradecendo a minha persistência em tentar mais uma vez. Fui para casa de alma lavada e pensando como de vez em quando é bom abrir mão de certos preconceitos e tentar uma vez mais.

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